domingo, 23 de março de 2014

Sobre padrões de paixões e sagitarianos

O álcool sempre teve dois efeitos instantâneos sobre o meu corpo. Calor e vontade de fazer xixi. Não posso ingerir uma gota que já sinto a temperatura subir (encaro como um treinamento pra quando chegar a menopausa), pouco tempo depois não possuo mais controle sobre a minha bexiga.

E foi numa ida ao banheiro, na verdade numa saída, que tive uma das experiências mais loucas da vida. Dar de cara com a ex, que nem sabe da minha existência, de um "ex". Stalkear o facebook alheio tem lá suas vantagens, mas o que não pensei que aconteceria numa situação dessas (na verdade eu nunca pensei que uma situação dessas aconteceria comigo!) era me identificar tanto com a garota.

Não, eu não puxei papo, mas tenho certeza que, se notou a minha presença, ela deve ter pensado que eu a estava paquerando, porque eu simplesmente não conseguia parar de olhar pra ela. Altura parecida, jeito parecido, corpo parecido, amante da boa e velha cerveja, de um bom batom vermelho, entrosada, de uma risada fácil e gostosa. Tenho quase certeza que se parássemos pra conversar 5 minutos eu me enxergaria falando e gesticulando. 

Inevitável, com uma experiência maluca dessa, não pensar no porque as pessoas se atraem umas pelas outras. Pelo que a gente se apaixona? Pela conversa fácil? Pelos interesses em comum? Pelo modo como a pessoa faz a gente se sentir? Pela combinação astrológica, que o Cosmos facilita, entre os signos? Pelo santo que bate?



Ou seria pelo jeito de falar que te lembra alguém que passou pela sua vida? O sorriso que parece um padrão se repetindo com cada pessoa que você realmente se interessa? O olhar doce que entra decodificando todos os seus pensamentos? Ou seria a história que se repete, muitas vezes tal e qual, sempre que você encontra alguém que te tira do rumo?

Eu nunca fui do tipo "me apaixono em cada esquina" - a não ser quando estou em São Paulo - Fortaleza sempre foi um terreno difícil pros meus interesses amorosos. Me perdoem os amigos cearenses, mas um homem interessante de verdade é muito difícil por essas bandas de cá. Mas uma coisa é certa, duas coisas me atraem inconscientemente: "não-cearenses" e sagitarianos. Os não-cearenses tem uma constância maior, mas os sagitarianos dividem o podium da minha vida. Em 2006 eu perguntava se o boy era solteiro, em 2010 se era gay, hoje pergunto se é sagitariano. Se for, tchau e bença. É certeza de destroço. Deve ser o meu padrão.

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